domingo, 4 de dezembro de 2011

Escapismos

Frequentemente eu me pego criando, na minha cabeça, histórias fantásticas em que eu acabo junto de: você. São todas dignas dos maiores filmes de aventura e contam com a presença de agentes secretos, conspirações e diversos tipos de magia. Um sonho infantil. E acabam invariavelmente da mesma forma: com alguma espécie de sacrifício que de alguma forma me redima de meus erros e me devolva o direito de estar de novo com: você. Numa epopeia que não encontra lugar pra acontecer.

Porque sacrifícios, na realidade, dificilmente resultam em muito mais do que alguém machucado.

Mas às vezes sinto uma necessidade urgente de uma dose de realidade e as histórias voltam todas a me pintar como um jovem velho e desiludido, procurando motivos pra seguir acreditando, seguindo uma rotina sem rumo e de vez em quando te emocionando com textos bonitos como os que eu não escrevo. No fim você acaba voltando também, quase como se a distância que se pôs entre a gente não fosse oceânica e como se todas as dores da separação sumissem de repente num beijo ou pranto emocionado.

E quem pode julgar essa história de algum modo mais ou menos realista do que as outras?





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