quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Das incertezas da vida

"O problema não é nem tanto querer se auto-criticar e mudar -- é saber como e para onde. Isso é o que doi tanto, o que é tão difícil. A certeza nunca dura muito tempo. Você pode tentar ser o melhor, o mais ético, o mais amigável, e continua recebendo facadas de amigos como se fosse o pior dos monstros."

De um amigo, numa conversa, inesperadamente. É verdade -- até demais. Mas tampouco é motivo pra deixar-se o aperfeiçoamento de lado. Mesmo que doa. E doi.

3 comentários:

  1. Nada que mude sua estrutura atual o faz sem dor. Quando a gente muda, pra qualquer direção que seja, o mundo todo muda e não há como ser indiferente. Quem está ao nosso lado é impulsionado a mudar um pouquinho com a nossa mudança. E a maioria sempre quer o status quo mesmo inconscientemente: é mais confortável. Queremos mudar? Vai doer, não importa para qual direção seja essa mudança. Mas a façamos, porque mudança é movimento e movimento é vida. Por mais que doa. E dói.

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  2. "Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já têm a forma do nosso corpo ... E esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos..." (Fernando Pessoa)

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  3. Entrando aqui frequentemente para beber inspirações que me fazem retomar os ânimos, acabei lendo bem mais de uma vez este último post. Hoje ele fez sentido. Caiu em mim, como dizem, como uma luva. É exatamente o que você bem observou: é verdade, sempre erraremos, e ouso dizer que quanto mais auto-crítica ou auto-conhecimento, maior o sofrimento. Pois, para quem se preocupa em ser a cada dia uma pessoa melhor, devido à infinitude das falhas que há ou vão surgindo em nós, nunca deixaremos de nos preocupar, ou seja, sempre irá doer. Acho que, nesse sentido, aquelas pessoas amargas que encontramos por aí (e por que não diante do espelho?) são as que, decididamente, desacreditaram de que possam ser melhores, de que possam engradecer seus espíritos. Por isso, o melhor dos bálsamos para conviver com nosso próprio ser cheio de contradições, é a humildade.

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